03/02/2017

Na primeira edição do jornal, em 26 de agosto do ano passado, foi publicada uma matéria divulgando o Novo Entreposto de São Paulo (NESP), com a implantação do Ceasa (Central de Abastecimento) em Perus, que estará localizado na Rodovia dos Bandeirantes, km 28,6, sentido interior.

Confira a entrevista exclusiva com o coordenador de projeto executivo do NESP, Sr. Antônio Augusto Verucci, para o Grupo Canal 7.

Canal 7 – Por que Perus foi o bairro escolhido para abrigar o Novo Entreposto?

Antônio Augusto – Perus foi cuidadosamente escolhido para abrigar esse projeto. O Ceagesp é uma atividade de abastecimento, que podemos resumir em um comércio onde as pessoas compram e vendem. Depois de comprar e vender existe uma logística, tanto para a chegada do produto quanto para a sua distribuição. O fato de se ter uma atividade logística intensa, se faz necessário uma localização excelente e encontramos isso em Perus. O bairro está a Rodovia dos Bandeirantes e a Anhanguera, além disso, tem o rodoanel e a ferrovia e tem ainda o projeto de ferroanel do Estado de São Paulo quem também passa ao lado, então o NESP está na melhor esquina do Brasil em termos logísticos.

Canal 7 – Há previsão de obras para a melhoria da infraestrutura no bairro antes da instalação do Novo Entreposto?

Antônio Augusto – Projetos relevantes, estruturais, para o bairro, não posso responder pelo poder público. O que posso dizer é que pelas negociações, tudo tem andado no sentido de que haverá e isso será mais bem detalhado nas próximas etapas. Uma das nossas demandas é que o estado invista na Linha 7 Rubi da CPTM e que se instale mais uma estação, dentro do NESP, que sirva tanto pros trabalhadores quanto para os moradores do bairro. Um empreendimento grande como o NESP instalado lá, vai chamar a atenção do poder público para o bairro. O empreendimento passa a ser mais uma voz que se some à comunidade, para trazer investimento do poder público. Nós já pensamos em alguns pontos para a melhoria do bairro, como criar cooperativas com a comunidade para trabalhar recicláveis.

Canal 7 – Existe algum plano logístico para não aumentar o congestionamento no trânsito do bairro?

Antônio Augusto – Existe. Os caminhões não irão entrar no bairro, o nosso acesso será um acesso exclusivo pela Rodovia dos Bandeirantes ou algo semelhante, mas os caminhões não vão entrar no bairro em hipótese alguma.

Canal 7 – Existe um plano para que a vinda dos visitantes não impacte negativamente no trânsito do bairro?

Antônio Augusto – Sim. Quem vai de fora, terá três opções. de trem, a pessoa pode desembarcar nessa estação que vai ter dentro do NESP. O projeto prevê uma zona de amortecimento, que será composta por bolsões de estacionamento para quem vai de carro, parque linear e estações de ônibus.

Canal 7 – Quais foram as benfeitorias que o CEAGESP levou para a região da Vila Leopoldina?

Antônio Augusto – O CEAGESP foi instalado na Vila Leopoldina na década de 60. Inicialmente o benefício que o CEAGESP levou à Vila Leopoldina foi a geração de emprego e renda e depois a cidade foi crescendo em torno do bairro. O Ceasa hoje é composto de uma zona de compras em atacado, para as empresas e uma zona varejista, para as pessoas físicas. essa atividade de varejo, ao que tudo indica, vai permanecer na Vila Leopoldina, o que vemos levar para Perus é a parte atacadista.

Canal 7 – qual a previsão de entrega do Novo Entreposto?

Antônio Augusto – Tendo todos os projetos aprovados e todas as licenças, iniciamos a terraplanagem, que está prevista para o ano que vem. o início da construção, levantar paredes, digamos assim, está previsto para o início de 2019 e vai levar mais uns dois anos. É um projeto para ter suas atividades iniciadas no final de 2020, começo de 2021. mas até lá, muito trabalho ainda vai ser feito, muito investimento, muitos empregos serão gerados… Desde o ano passado, já começamos essa mobilização.

Canal 7 – Os funcionários do Novo Entreposto serão os mesmos do atual Ceagesp que irão migrar para Perus?

Antônio Augusto – O plano é de que os quase dois mil permissionários do atual CEAGESP, migrem em bloco para Perus. Porém, isso é uma decisão dos permissionários com seus funcionários. Ao realocar a CEAGESP, talvez não venham 100% dos funcionários, alguns deixarão de vir, provocando uma troca de funcionários, naturalmente… e tem também os empregos que são gerados para a construção e depois para manter.

Canal 7 – A estrutura do Novo Entreposto será igual à do atual CEAGESP?

Antônio Augusto – Nós vamos crescer 50%, o que também impacta diretamente na geração de empregos. O projeto prevê não só um Entreposto, como também uma série de serviços e conveniências para os funcionários e a comunidade de Perus, como farmácia, restaurante e atendimento médico de emergência.